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Brasil se nega a retirar sul-americanos de epicentro do coronavírus e dá carona a poloneses

Representantes de Bolívia, Costa Rica, Argentina, Colômbia, Panamá e Cabo Verde solicitaram ajuda ao governo brasileiro para tirar seus cidadãos de Wuhan, epicentro da epidemia do coronavírus, mas tiveram seus pedidos negados.
Os dois aviões VC-2 da FAB que decolaram nesta sexta-feira (7) da cidade chinesa, porém, transportarão quatro poloneses e seus cônjuges, além de outras 34 pessoas, entre brasileiros e seus parentes estrangeiros.
A negativa desagradou ao menos dois países vizinhos. Um diplomata argentino relatou que a preferência por embarcar apenas cidadãos da Polônia foi vista como uma amostra da orientação ideológica do governo.
Os governos de direita e centro-direita de Polônia, Hungria, Estados Unidos e Brasil fazem parte da recém-lançada Aliança pela Liberdade Religiosa.
Os países se alinham em posicionamentos pró-cristãos em foros multilaterais, condenando o direito ao aborto e o que chamam de “ideologia de gênero”.
O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta semana o ministro dos Negócios Estrangeiros polonês, Jacek Czaputowicz, e anunciou que viajará à Polônia e à Hungria ainda neste semestre.
Procurado, o ministério das Relações Exteriores disse que lamenta não estar em condições de atender aos pedidos de países latino-americanos e de Cabo Verde para incluir mais de 80 passageiros na Operação Regresso e que não havia lugar para acomodar essas pessoas.
Além dos poloneses, brasileiros e seus parentes repatriados, cada avião transporta 11 tripulantes e sete profissionais médicos. A capacidade do VC-2 é de cerca de 40 pessoas em cada aeronave.
Segundo o governo, uma série de restrições teve de ser adotada no interior dos aviões para manter distância adequada entre os passageiros, dado o elevado risco de contaminação, o que diminuiria o número de assentos disponíveis no veículo.
A Argentina tem pelo menos 12 cidadãos em Wuhan, a Bolívia, 10, e a Colômbia, 14. Há cerca de 15 cabo-verdianos na cidade chinesa.
O Itamaraty afirma que a Polônia concedeu autorização para escala das aeronaves brasileiras em Varsóvia em tempo recorde e também solicitou a repatriação de quatro nacionais e dois cônjuges.
Como eles iriam desembarcar na capital polonesa já na primeira escala fora da China, foi considerado viável transportar esses passageiros.
Antes de chegar a Anápolis, no estado de Goiás, as aeronaves brasileiras farão escalas em Ürümqi (China), Varsóvia, Las Palmas (Espanha) e Fortaleza.
O Itamaraty afirmou também que foram identificadas dificuldades logísticas para manter os estrangeiros em quarentena no Brasil —embora alguns países tenham se disposto a buscar seus cidadãos em Goiás, onde ficariam isolados.
Quando chegarem ao Brasil, todos os resgatados, membros da tripulação e médicos a bordo passarão por um período de 18 dias em Anápolis.
Da Redação
Com Folha de S.Paulo
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