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‘Frio, sem emoções e foi trabalhar após crime’, diz delegado sobre padrasto de Júlia

 


Delegado disse que ele entrou em contradição nos depoimentos durante as investigações e ao temer sofrer represálias nas ruas, confessou assassinato.

O delegado Hector Azevêdo disse nesta quarta-feira (13), à TV Correio, que Francisco Lopes, padrasto de Júlia dos Anjos, não demonstrou arrependimento e se manteve frio e sem emoções ao confessar ter matado a enteada. Azevêdo deu informações à imprensa durante entrevista coletiva na Central de Polícia do Geisel, em João Pessoa.

Francisco Lopes teve a prisão preventiva decretada e será levado para o Presídio do Roger, em João Pessoa. Ele disse à polícia que matou a enteada de 12 anos asfixiada enquanto ela dormia em casa, na Capital, e depois levou o corpo para um local de mata, onde o jogou em um cacimbão, que é um tipo de reservatório de água.

O delegado disse que ele entrou em contradição nos depoimentos durante as investigações e ao temer sofrer represálias, por ter sido ameaçado nas ruas, confessou que matou a adolescente.

Segundo o delegado, na confissão, ele disse que manteve a rotina após se desfazer do corpo. “Ele foi trabalhar normalmente, como se nada tivesse acontecido. Cumpriu normalmente as obrigações que tinha para aquele dia”, disse o delegado.

Hector Azevêdo explicou ainda que não foram levantadas informações sobre o quadro psicológico de Francisco Lopes, que indiquem a existência de alguma patologia, e também não sabe se ele teria envolvimento com outros crimes no passado.

Júlia dos Anjos desapareceu no dia 7 de abril. Um corpo foi encontrado pela polícia, em avançado estado de decomposição, nessa terça-feira (12), em um local indicado pelo suspeito, na Praia do Sol, em Gramame, perto do prédio onde a jovem morava.

O corpo encontrado passa por perícia para que seja comprovada a identificação, a causa da morte e se a vítima teria sofrido violência sexual. Apesar da polícia ter indícios de que seria Júlia, somente após os resultados dos exames do Instituto de Polícia Científica (IPC) é que será possível dizer de forma conclusiva quem é a vítima.

Entenda o caso

Júlia dos Anjos Brandão, de 12 anos, desapareceu de um condomínio residencial no bairro de Gramame, em João Pessoa, no dia 7 de abril. Segundo familiares, Júlia tinha saído de casa somente com o celular. Os parentes da adolescente acreditavam que ela havia sido raptada ou induzida a sair de casa por algum estranho.

A principal linha de investigação apontava para uma pessoa no Instagram. O perfil em questão se apresentou à adolescente pela rede social e ofereceu serviço de marketing digital. A mensagem da suposta consultora prometia um aulão gratuito a Júlia e dizia que a adolescente poderia ganhar dinheiro com a internet. O delegado Rodolfo Santa Cruz descartou a suspeita porque a pessoa foi localizada, tem endereço, contatos ativos e está em outro estado.

De acordo com a Polícia Civil, a última pessoa que viu a adolescente em casa foi o padrasto, Francisco Lopes. Nos primeiros depoimentos, ele informou às autoridades que, a pedido da esposa, Josélia Araújo, foi até o quarto de Júlia por volta das 6h40 do dia 7 de abril para verificar se ela já havia levantado. Segundo a versão inicial do padrasto, a adolescente dormia e Francisco teria saído para trabalhar logo em seguida. A mãe de Júlia se levantou por volta das 9h e percebeu que a menina não estava em casa.

Desde então, parentes se mobilizaram nas buscas por Júlia. O pai dela, Jeferson Brandão, que mora no Paraná, veio a João Pessoa com a atual companheira e uma tia da adolescente. A mãe dela, que está grávida de dois meses, também participou da procura por Júlia. Os familiares da menina percorreram diversos bairros e áreas de mata na Capital.

O desfecho trágico da história aconteceu nessa terça-feira (12), com a confissão do padrasto.

Da Redação

Com Portal Correio

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