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Delegado de Piancó diz não haver provas de agressão de médico, mas investigará “prints” com ameaças

 


A Polícia Civil concluiu que não ficou comprovada a agressão denunciada pela ex-esposa do médico Algacy Fernando, preso na última quarta-feira (27), em Piancó, no Sertão da Paraíba. A ex-esposa procurou a polícia, acusando-o de espancá-la e ameaçá-la após uma audiência de conciliação referente ao divórcio do casal, na segunda-feira (25).

Confira mais no vídeo e no texto abaixo

O delegado Lucas Rothardand, da Delegacia de Polícia Civil em Piancó, relatou em vídeo repassado ao ParlamentoPB que a prisão preventiva do médico foi pedida após incoerências no depoimento dele. Foram verificadas imagens de câmera de segurança e a presença do médico no Hospital Regional de Piancó, onde ele disse que estaria trabalhando no horário em que a mulher o acusa de agressão.

O resultado foi que não ficou comprovada a abordagem e agressão no caminho do fórum, na segunda-feira, e que a mulher usou de conversas de WhatsApp antigas para basear a denúncia feita nesta semana. O delegado confirmou ao ParlamentoPB que esses “prints” que repercutiram durante a semana e as supostas agressões anteriores serão investigadas em um novo inquérito. Ele explicou que a apuração atual esteve focada em investigar se ocorreu a agressão denunciada na segunda-feira pela mulher.

Entenda o caso

A denúncia

“No dia 25 de março de 2024, recebemos aqui uma suposta vítima de violência doméstica e a Polícia Militar conduzindo-a falando que a vítima relatava ter sido agredida no horário da tarde pelo seu ex-companheiro. Fazendo as diligências, enviamos a vítima juntamente com a Polícia Militar para fazer o laudo traumatológico”, explicou o delegado Lucas Rothardand.

O delegado conta que os policiais foram, primeiramente, ao hospital onde o médico estaria trabalhando para verificar se ele estava no local. Os diretores da unidade disseram que o médico acusado não foi visto no hospital naquele dia.

A suposta agressão

De volta à delegacia, a mulher contou que foi abordada próximo ao Detran-PB de Piancó pelo ex-marido, o médico, que estava em um carro de cor prata, que não era o veículo dele. Segundo a mulher, o médico a tirou do carro em que ela estava, a agrediu com golpes nas costelas e pressionando sua cabeça contra o carro e, em seguida, a ameaçou com uma arma de fogo. Ele teria se assustado com um veículo que se aproximava e teria fugido para Conceição, ainda conforme o relato da ex-esposa, no dia 25.

A Polícia Civil analisou as câmeras e viram que o médico entrou no hospital às 14h35 no Hospital Regional de Piancó. Viram também que a mulher que denuncia o médico entrou às 17h02 no hospital e não viram o médico saindo pela porta principal, por onde ele entrou.

Prisão preventiva

O médico foi ouvido e contou que às 15h da segunda-feira (25) tinha feito um prontuário de um paciente. Mas o delegado aponta que ele não relatou ter saído por outra porta e que ele omitiu essa parte. Por conta de incongruências do depoimento e outras considerações, o delegado pediu a prisão preventiva do médico. O delegado lembra que a rede de proteção à mulher prioriza o ato de proteger e ouvir o relato da suposta vítima e a aplicação da lei penal.

Na quarta-feira (27), a mulher foi ouvida novamente e reafirmou tudo o que havia dito na segunda-feira (25).

Após ser preso na quarta-feira, o médico revelou ter saído do hospital pelo necrotério, já que não foi visto saindo da unidade de saúde pela porta principal. Questionado, o médico disse que estava com receio de encontrar a mulher, “pois ela já fazia menção de causar essa calúnia contra ele”, relata o delegado.

“O motivo da prisão do médico foi, simplesmente, a incongruência dos depoimentos com a análise do formulário da vítima, de avaliação de risco, e também de algumas incongruências de imagens das câmeras. Posteriormente, ao investigarmos, pedimos a revogação da prisão preventiva, pois analisamos todo o conteúdo das câmeras fazendo a linha temporal e também as análises do depoimento com novo interrogatório da vítima e do suposto autor. Avaliamos que não haveria mais risco à aplicação da lei penal e da garantia da ordem pública. Por isso representamos pela revogação da prisão preventiva”, disse o delegado Lucas Rothardand.

Da Redação

Do Portal Umari

Com Parlamento PB

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