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Míssil do Irã atinge hospital de Israel, que diz ter atacado reator nuclear

 Hospital Soroka, na cidade de Bershebá, sofreu ataque direto; segundo o serviço de resgate, 47 pessoas ficaram feridas.

Mísseis iranianos atingiram nesta quinta-feira (19) o principal hospital do sul de Israel e outros pontos no país, incluindo a capital Tel Aviv, deixando ao menos 47 feridos. A ofensiva acontece após o governo de Benjamin Netanyahu anunciar que atingiu instalações nucleares no país persa.

Ministério das Relações Exteriores de Israel diz que o hospital Soroka, na cidade de Bershebá, sofreu ataque direto. Segundo o serviço de resgate, 47 pessoas ficaram feridas: três tiveram ferimentos graves; duas, moderados, e as demais foram atingidas por estilhaços. Outras 18 pessoas foram feridas ao procurarem abrigo.

Premiê israelense, Benjamin Netanyahu disse que haverá retaliação. “Cobraremos o preço integral dos tiranos de Teerã”, escreveu ele nas redes sociais.

Irã diz ter mirado centro de inteligência israelense “perto de um hospital”. “Nessa operação, o centro de comando e inteligência do governo israelense foi o alvo de um ataque preciso perto de um hospital”, disse a Guarda Revolucionária iraniana à agência de notícias estatal Irna.

Durante a noite, Israel disse ter atingido um reator nuclear no Irã – que estava inativo, segundo os israelenses. O país fez ataques mirando instalações nucleares nas cidades de Natanz e Arak. Em comunicado, o exército israelense afirmou que o reator nuclear de Arak era “componente chave na produção de plutônio”, que poderia ser usado para construção de armas nucleares. Reator já havia sido modificado para evitar o uso em 2015, quando houve o acordo nuclear com os Estados Unidos.

O Irã disse que dois projéteis atingiram uma área próxima à instalação, que já havia sido evacuada. Não há relatos de ameaça de radiação.

248 morreram até o momento, segundo informações oficiais dos dois países. No domingo, o Irã disse que os ataques israelenses mataram 224 pessoas, incluindo militares, cientistas nucleares e civis. Já Israel disse, na segunda, que ao menos 24 pessoas morreram no país. Ambos os países não atualizaram os números desde então.

Irã está offline há 12 horas, segundo o órgão de monitoramento Netblocks. Desde a semana passada, o país está impondo restrições à rede de internet devido ao “uso indevido da rede de comunicação do país para fins militares” por Israel. A mídia iraniana diz que Israel teria hackeado brevemente a a transmissão da televisão estatal, exibindo imagens de protestos de mulheres e convocando a população para sair às ruas.

Israel bombardeou o Irã na última sexta, dia 13, citando temores de que o país persa esteja desenvolvendo armas nucleares. A Agência Internacional de Energia Atômica disse na semana passada que Teerã violou a obrigações de não-proliferação nuclear pela primeira vez em 20 anos.

O Irã nega que esteja buscando armas nucleares e afirma que seu programa tem fins pacíficos. Os governos da Alemanha, França e Grã-Bretanha planejam negociar com o Irã amanhã em Genebra, na Suíça, para pedir que o país volte à mesa de negociações, disse uma fonte diplomática alemã à agência de notícias Reuters.

Israel, que não é signatário do Tratado Internacional de Não Proliferação, é o único país do Oriente Médio que se acredita possuir armas nucleares. Israel não nega.

Nos últimos meses, país também lançou ataques contra o Líbano, Síria, Iêmen e a Faixa de Gaza. Segundo especialistas ouvidos pelo UOL, o governo de Netanyahu é alvo de pressão interna e externa pelas guerras, e os ataques recentes ao Irã são vistos como “oportunidade” de melhorar a própria imagem e “tirar o foco de Gaza”.

A escalada no conflito entre as duas potências regionais aumentou os temores de que ele envolva potências mundiais e desestabilize ainda mais o Oriente Médio.

Em declarações à imprensa na quarta-feira, o presidente americano Donald Trump recusou-se a dizer se havia tomado alguma decisão sobre se iria se juntar à ofensiva aérea de Israel. “Posso fazer isso. Posso não fazer isso. Quero dizer, ninguém sabe o que vou fazer”, disse.

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, por sua vez, rejeitou o apelo por rendição em um discurso gravado transmitido pela televisão, na sua primeira aparição desde sexta-feira passada. “Qualquer intervenção militar dos EUA será, sem dúvida, acompanhada por danos irreparáveis”, disse. “A nação iraniana não se renderá.”.




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